Karma

Karma é um conceito que se tornou familiar no Ocidente, apesar das más interpretações que lhe foram dadas por especuladores ocidentais. Nós nos habituamos a ouvir expressões como “bom” e “mau” Karma, e as ações que produzem uma ou outra reação, etc., contudo, a expressão sânscrita Karma diz respeito a ação, trabalho, atividade, e há uma intrincada relação entre o reto agir e as conseqüências. No Bhagavad-gita, livro de grande importância para os Hindus, fala-se de modo muito peculiar sobre o trabalho e suas conseqüências.

A chamada Lei do Karma é uma regra de vida, havendo, portanto, um profundo significado sobre o seu conteúdo. Uma vez que os Hindus acreditam na reencarnação, para a filosofia não há um céu ou um inferno como no mundo dos Cristãos, mas todo um processo de acúmulo de boas e más ações que irão repercutir numa vida futura.


Somente a liberação do Samsara irá tornar uma pessoa livre do Karma. Quando conseguimos a liberação deste ciclo infindável de nascimentos e mortes atinge-se o mundo Espiritual, o verdadeiro mundo ou o Brahman, a morada Suprema, Krsnaloka, etc. Por isso, viver de acordo com o sagrado Dharma – reto agir – leva uma pessoa a liberar-se do Karma, uma vez que o Karma é gerado pelo apego aos frutos do resultado das ações. Viver de acordo com o Dharma é não produzir Karma, isso significa levar uma vida de desapegos e renúncia ao fruto do resultado do trabalho, sem abandonar a responsabilidade dele. Karma atua como um guia de proteção. Segundo esta “lei”, nossas ações, boas ou más, geram Karma, e este Karma ata ou desata alguém no ciclo de nascimentos e mortes. Por isso, viver de acordo com o Dharma, ou seja, viver na retidão, sem a busca pelo resultado e de forma desapegada, não causa amarras do Karma, ficando, portanto, a pessoa fica livre das suas reações.



http://gita.ddns.com.br/hinduismo/hindu1_2.php#2

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