O silêncio físico e o silêncio da mente


Senda Divina- Swami Sivananda
Na linguagem comum, sentar-se calado, sem falar com ninguém, é silêncio. Se seu amigo não te escreve durante muito tempo você exclama: “mantém um frio silêncio não sei porque.” Se ninguém fala num salão de conferencias durante uma palestra emocionante diz-se: “A outra noite havia um silêncio absoluto enquanto o filosofo dava sua conferencia”. Quando as crianças fazem muito barulho na classe o professor lhes diz: “Silêncio, por favor”. Quando encontra os sadhus, ou peregrinos, um deles te diz: “Este outro sadhu é um Mauni. É meu amigo é esta guardando silêncio há seis anos.” Todos estes silêncios são físicos.

Se não deixar que seus olhos vejam os objetos, abstraindo-os por meio da pratica de Pratiahara ou Dama, isto constitui o silêncio deste sentido em particular. Mantém-se um jejum absoluto nos dias. Ekadasi sem tomar nem uma só gota de água, isto é o silêncio do Indriya da língua. Se não realiza nenhum trabalho, sentando-se em Padmasana durante três horas seguidas, isto constitui o silêncio das mãos e pés.

Mas o que realmente se requer é o silêncio da mente fervilhante. Pode fazer voto de silêncio, mas tua mente seguirá formando imagens. Será surpreendido por Sankalpa, ou imaginação. Chita, ou a mente subconsciente, manifestará suas lembranças. A imaginação, a razão, a reflexão e outras funções diversas da mente seguirão produzindo-se continuamente. Então, como conseguir paz ou silêncio verdadeiros? Para isto o intelecto deve deixar de funciona. O sentido interno astral deve encontrar-se em perfeito descanso. Devem desvanecer-se por completo todas as ondas mentais. A mente deve descansar no Oceano de silêncio ou Brahman. Somente então poderá desfrutar de um silêncio verdadeiro e duradouro.

Fonte: http://www.purayoga.com.br/silencio.html

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