"E justamente a mim, me coube ser eu"

Você veio ao mundo para ser simplesmente você
A frase título deste post é de Mafalda (aquela dos quadrinhos mesmo). Só para iniciar com bom humor.

Nestes tempos tenho sido acometida por uma vontade irresistível de fazer apenas o que tenho vontade. Tenho tido uma enorme dificuldade em fazer as coisas por obrigação e um enorme prazer em fazer o que meu coração pede que eu faça. Isso não deveria ser um problema, deveria ser a coisa mais natural do mundo, mas não é. Pessoas que fazem o que tem que ser feito e o que precisa ser feito, tem dificuldade de “transgredir” de vez em quando. Não estou falando de nada ilegal ou ofensivo, estou apenas falando em deixar de fazer coisas que você sempre faz, ou da forma que sempre faz, ou ainda experimentar emoções, sensações diferentes. Afinal não é isso a liberdade?! Poder agir de acordo com a sua natureza,  ou com o que você é naquele momento. Não é isso essa tal liberdade? Pessoas muito disciplinadas, muito corretas tem uma grande dificuldade de transgredir, de fazer diferente, ou de simplesmente não fazer.


Sempre que lia sobre um dos Nyamas,  Tapas (Disciplina) sentia um certo orgulho, pois eu sei que sou disciplinada. Quer dizer... bem, no contexto geral, sim sou disciplinada. Alguns me adoram por isso e outros digamos, que não nutrem muito entusiasmo com essa minha característica. E aqui abro um parêntese enorme para uma constatação recente e que tem me deixado triste todas as vezes que verifico isso acontecer. As pessoas vão lhe adorar pelo que você é e pelo que você representa, mas em determinadas situações, essas mesmas pessoas não vão se entusiasmar muito com a sua presença. Exemplo: você sempre utiliza de ética nas suas relações profissionais e pessoais. Ótimo, todo mundo gosta e lhe elogia por isso. Um belo dia alguém quer fazer algo diferente do correto, você está por perto, nem fala nada, mas a sua presença já faz com que frases e olhares de reprovação sejam lançados em sua direção e fazem com que você se sinta o incoerente da história. Esse é o momento em que você descobre que talvez você não seja desse planeta.

 Mas voltemos. O que é disciplina? É fazer o que tem que ser feito? É fazer o que se quer fazer? Ou o que se quer fazer é que é o que tem que ser feito?

Seria perfeito se só fizéssemos o que nos dá na telha, mas no dia dos mais simples, temos que fazer dezenas de coisas, ou até menos que dez, para os mais sortudos, que não gostaríamos, como ir a uma reunião com determinada pessoa, gastar o dinheiro que não temos com algo que “precisa” ser comprado (precisa mesmo?). E se fizéssemos diferente desta vez? Ah! Todo mundo ia falar, criticar, dar conselho, alguns poderiam estar certos, mas e aí?

Ando recebendo sinais da vida com a mensagem de que se eu não for quem EU SOU não vai está valendo nada essa minha passagem por este planeta azul. Se nos contivermos para não mostrar o que pensamos, o que queremos, o que acreditamos... estamos aqui para que mesmo? Deixando bem claro, não estou falando em nenhum momento de ofender, de magoar, de mentir, de usar da verdade que fere, mas de sermos naturais, de sermos livres, de reconhecer quem somos de verdade. Que a disciplina maior seja a de respeitarmos a nossa essência. É, talvez amanhã você tenha que acordar e ir para um trabalho que não seja exatamente a sua essência, mas se ainda não dá para jogar algumas coisas para o alto, vamos tentar diversificar a vida, criar caminhos, movimentar as energias, dar sinais para o universo. Só não desista nunca de ser você!


Um comentário:

Anônimo disse...

Estou gostando do blogue! Começando a estudar a ioga cheguei até ele! Bom trabalho! Paz e bem

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Namastê!