Este mudra representa entrega e aceitação, mas também através desse mudra você pode criar a intenção de achar a solução para alguma questão de dificil solução no momento, como se estivesse lendo a solução do problema na palma de suas mãos: Entrega e Aceitação, passos importantes para enxergar o caminho.
Surya Namaskar
sol é fonte de luz, calor e vida. Quando se quer dizer que alguém é importante podemos até dizer “aquela pessoa é o meu sol”. E por ser vida, quando efetuamos uma saudação ao sol, é importante que tragamos em nossa consciência o fato de estarmos suadando à própria vida.
Surya = Sol
Namaskar = Saudação
Pela manhã o Surya Namaskar deve ser executado voltado para o nascer do sol, ao meio dia para o norte, e ao final da tarde para o pôr-do-sol. Para cada asana do Vinyasa pode-se usar uma intenção e/ou um mantra, trabalhando assim o aspecto psíquico, pois fisicamente a Saudação ao sol já trabalha todos os sistemas do nosso corpo, auxiliando na tonificação, alongamento e eliminação de toxinas.
Surya namaskar é um Vinyasa, ou seja uma sequência harmônica e ordenada de asanas, na verdade de 12 asanas, onde a respiração deve estar em sintonia com o com os movimentos.
2. Hasta Uttanasana
3. Pada hastasana
4. Asva Sancalasana
5. Santolasana
6. Astanga Namaskar
7. Bhujangasana
8. Adho Muka Svanasana
9. Ava Sancalasana
10. Pada Hastasana
11. Hasta Utanasana
12. Pranamasana
Yoga e Yogaterapia na prevenção e tratamento dos desequilíbrios dos doshas
Segundo o Samkhya - a filosofia pré-védica que embasa o Yoga e o Ayurveda e que classifica e estuda todo o processo da criação do universo - esta criação começa a partir da interação de um princípio espiritual, transcedental - Purusha, com um princípio vital, material - Prakriti.
Fazendo uma analogia, Purusha seria como a eletricidade e Prakriti, a lâmpada. A luz - neste caso a criação - ocorre quando a energia sutil anima a matéria.
Da mesma forma como a luz gerada por uma lâmpada é fruto da interação das três cores básicas - amarelo, azul e vermelho - a Prakriti age na criação manifestando suas três gunas - as qualidades da natureza material: Sattwa, o princípio do equilíbrio, da paz, da pureza; Rajas, o princípio do movimento, da atividade, da paixão; e Tamas, o princípio da inércia, da escuridão e da ignorância.
As gunas vão interagir complexa e infinitamente dos níveis mais sutis aos mais densos da criação, do mais espiritual ao mais abissal. Segundo o Tantra - e este conhecimento é importante no trabalho com Yoga e Ayurveda - a função de Rajas é atuar de forma ativa sobre Tamas para suprimir Sattwa, ou sobre Sattwa para suprimir Tamas. E a função de Sattwa é criar condições para a transcendência e a de Tamas é manter o estado de ignorância.
A partir da manifestação das gunas, surge o nível Causal - Mahat. No homem, Buddhi é o intelecto responsável pela faculdade do discernimento, e é aonde centra-se avidya, a ignorância do nosso estado Uno, e que resulta em maya, a identificação equivocada com esta realidade dual. Localiza-se - usando as duas terminologias hindus que definem os diferentes corpos e dimensões do ser - no Karana sharira (o corpo causal, o inconsciente) ou ainda em Ananda e Vijñana maya kosha (os "envólucros" da bem-aventurança e do intelecto).
De Buddhi manifesta-se Ahamkara, o ego. Do ego manifesta-se Manas, a mente, o receptáculo de Chitta, a matéria mental, o inconsciente, a memória, de onde advém os Vrittis, os movimentos da mente - os pensamentos. Em Manas, nossos pensamentos, palavras e ações vão criar os samskaras (impressões na mente) que vão determinar os padrões - vasanas (tendências), isto é, nosso caráter. Isso tudo localiza-se no Sukshma sharira (corpo sutil) ou em Mano e Prana maya kosha (os envólucros da mente e do Prana).
Em Pranamaya kosha é que se localizam o nível mais periférico dos Chakras (as pétalas) as pranavaha nadis (condutos de energia que conduzem o Prana).
De Manas, manifestam-se os cinco Tanmatras (cinco sentidos: visão, audição, paladar, olfato, tato), os cinco Jñana indriyas (órgãos de conhecimento: olhos, ouvidos, pele, nariz, língua) , os cinco Karma indriyas (órgãos de ação: pés, mãos, boca, ânus, genitais) e os cinco Mahabhutas (elementos: terra-prihtivi, fogo-agni ou tejas, água-jala ou apas, ar-vayu, éter-akasha). Isso tudo localiza-se em Shtula sharira (corpo denso) ou Annamaya kosha (o envólucro do alimento, área de atuação do Jataragni).
Finalmente, da interação dos cinco Mahabhutas surge o Tridosha (os três doshas):
Vata, da interação do éter com o ar: dosha frio e seco, e que fundamentalmente controla o movimento.
Pitta, do fogo com a água: dosha quente, que controla o metabolismo.
Kapha, terra e água: dosha frio e úmido, que controla a estrutura.
E a infinita e complexa interação destes três princípios reflete o aspecto mais material da criação dos níveis macro ao microcósmico em todos os seres vivos. Os doshas também são a ponte entre nossa mente e nossa fisiologia.
Cada um dos doshas está relacionado a uma essência sutil: Vata está relacionado com o Prana - a energia vital, que se subdivide em cinco pranas (ou vayus = ventos); Pitta com Tejas ou Agni, o fogo essencial (cujo aspecto mais importante para o Ayurveda é Jataragni, o fogo digestivo) e Kapha com Ojas, a energia mental. Poderíamos dizer, utilizando as palavras de Robert Svoboda, que Prana, Tejas e Ojas "são as expressões quintessenciais dos cinco Mahabhutas em sua aplicação à vida encarnada" e que os doshas "são as formas mais grosseiras de Prana, Tejas e Ojas", e "são as formas condensadas dos cinco Mahabhutas".
A partir dos conhecimento dos doshas e da origem e consequências de seus desequilíbrios , estabeleceu-se tipologias específicas, e a partir daí toda uma metodologia de diagnósticos, dietética, massagens, fitoterapia, farmacologia, cirurgia, etc. (...)
Este perfil pessoal vai apontar entre outras coisas - e o que é, aliás, o assunto central deste texto - os pontos fracos, as vulnerabilidades e fragilidades inerentes aos doshas predominantes, e quando em desequilíbrio.
Predominância Vata ou aumento de Vata, por exemplo, criam vulnerabilidades na área das articulações (artroses, artrites, etc.), dos intestinos (prisão de ventre), tendência para o consumismo, apetite instável, stress, doenças nervosas, dores em geral, medos, insônia e memória ruim. Como é um dosha frio e seco, poderá haver tendência a se resfriar, e a ter pele e cabelos secos. Tem normalmente estrutura corporal magra e ossuda. (...)
A predominância Pitta ou seu aumento excessivo, poderá acarretar em fragilidade na área estomacal - gastrites, por exemplo - se abusar, pois Pitta come muito bem e em geral digere bem. Tem tendência à irritabilidade, raiva, ódio e ciúme. É o "pavio curto", o que aliás também é péssimo para o estômago, aumentando a secreção de ácido clorídrico, tornando-o uma vitima potencial de úlcera. Eventualmente pode ter desarranjos intestinais e problemas de pele. Como é um dosha quente, Pitta tem pouca tolerância ao calor.
Por fim, a predominância Kapha apresenta normalmente forte estrutura corporal, com tendência a obesidade. De apetite voraz, tem tendência a ter glicose e colesterol altos. Dorme muito. Pode vivenciar preguiça, pessimismo, inveja, estados depressivos e também avareza e mesquinhez. (...)
Então, para ajudar na promoção da saúde e no tratamento das doenças, o Ayurveda utiliza o Yoga como uma das suas mais importantes ferramentas terapêuticas. Aliás, todo o conhecimento - teórico e prático - espiritual, filosófico e terapêutico hindu repousa solidamente sobre os pilares do Ayurveda, do Yoga, do Tantra e da Vedanta. (...)
Leia o artigo completo clicando aqui | Fonte: Associação Brasileira de Ayurveda
Leia o artigo completo clicando aqui | Fonte: Associação Brasileira de Ayurveda
Virabhadrasana
Vamos a um pouquinho de mitologia hindu antes de entrarmos na postura propriamente dita!
Este asana favorece eleva a autoestima
Combate o desânimo e o medo
Trabalha a região dos pulmões e peitoral
Fortalece os ombros e musculatura das costas
Trabalha a abertura pélvica
Virabhadra é o nome de um guerreiro e o asana que leva o seu nome, obviamente é em sua homenagem.
Virabhadra foi criado por Shiva, num momento em que este estava muito fuirioso, pois o seu sogro, que não gostava nada dele, estava dando uma festa e não o tinha convidado, porém sua filha, e esposa de Shiva, Sati, teve que ir à festa, mesmo a contra gosto, antes não tivesse ido, pois chegando lá, sentiu-se tão triste e tão humilhada por seu marido não estar presente que se atirou ao fogo. Sati preferia morrer a ficar sem o esposo ao seu lado.
Shiva ficou possesso quando soube do ocorrido! (agora pense você o que deve ser Shiva possesso!).
Dos fios dos seus cabelos criou Virabhadra, com a intenção de destruir a tudo e a todos naquela festa. Era a vingança de Shiva pela morte de Sati.
Ao efetuar o asana permaneça com a atitude firme, forte e corajosa do guerreiro Virabhadra

Combate o desânimo e o medo
Trabalha a região dos pulmões e peitoral
Fortalece os ombros e musculatura das costas
Trabalha a abertura pélvica
Os Asanas e a liberação de Gases
Não sei se já aconteceu com você, mas acho difícil não ter acontecido. Refiro-me aqueles gases inconvenientes que teimam em se manifestar durante as aulas de Yoga, sim, justamente naquele momento em que todos estão em alto nível de concentração, inclusive você, mas eis que algo começa a se movimentar lá por dentro, e não é a Kundalini, e você sabe que não vai dar pra segurar, nem que você desfaça o asana rapidamente, e.... pronto! Já foi, enquanto você perdia a sua concentração na respiração e na postura, todo mundo ouviu e no pior dos casos, sentiu o acontecido.
Relaxe! Isso acontece nas melhores turmas de Yoga!!! E que bom que acontece!
Os asanas movimentam sua região abdominal, torcem, distorcem, massageiam seu intestino e aí... pronto! Você está livre dos terríveis gases que poderiam lhe causar desconfortos tais como dores, inchaços, etc
Relaxe! Isso acontece nas melhores turmas de Yoga!!! E que bom que acontece!
Os asanas movimentam sua região abdominal, torcem, distorcem, massageiam seu intestino e aí... pronto! Você está livre dos terríveis gases que poderiam lhe causar desconfortos tais como dores, inchaços, etc
Seguindo as recomendações de Dr. Dráuzio Varela:
Observe o seguinte:
• evite bebidas gaseificadas ou efervescentes;
• coma devagar, mastigue bem os alimentos e não exagere no tamanho das porções;
• não mastigue chicletes nem balas muito duras, porque aumentam a salivação e a ocorrência de gases estomacais;
• procure não falar demais durante as refeições, pois isso aumenta a deglutição de ar;
• não force a expulsão dos gases estomacais. Ao contrário do que muitos pensam, isso não diminui o desconforto gástrico;
• bater nas costas dos bebês ajuda a eliminar o ar engolido durante as mamadas ou quando a criança chora. A retenção desses gases pode causar cólicas dolorosas.
Um incenso é igual a 3 cigarros
E quem diria, os nossos adorados incensos se tornaram vilões. Na verdade, conheço algumas pessoas que já não gostavam muito de incensos e agora então.
Nunca utilizei incensos em minhas aulas, justamente por entender que algumas pessoas, seja com problemas respiratórios ou não, sentem-se sufocadas com a fumaça que ele produz, da mesma forma que os não-fumantes sentem-se sufocados na presença de um cigarro aceso.
Eu sempre gostei muito de incensos, mas algumas pesquisas tem apontado que ele exala substâncias mais tóxicas e cancerígenas do que o cigarro.
Divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo, o teste revelou que, queimando um incenso todos os dias, por exemplo, a pessoa inala a mesma quantidade de benzeno contida em três cigarros ? algo em torno de 180 microgramas por metro cúbico. O benzeno é uma substância cancerígena. Outro vilão encontrado no incenso foi o formol, altamente concentrado ? cerca de 20 microgramas por metro cúbico ?, que irrita as mucosas e provoca reações alérgicas em muita gente.
( http://www.yoga.pro.br/artigos/727/167/a-fumaca-de-um-incenso-e-pior-do-que-a-de-um-cigarro).
Os incensos consumidos em grande escala aqui no Brasil não têm mais nada das substâncias naturais de alguns incensos artesanais produzidos na Índia.. Claro que você ainda pode fabricar seu próprio incenso, pode até mesmo fiscalizar com rigor a fabricação do incenso que você está adquirindo, mas vamos ser práticos...
E para aqueles que acreditam na "força" dos incensos, novidades: Vamos ter que viver sem toda aquela proteção dos incenso para ganhar dinheiro fácil (vamos ter que trabalhar mesmo), marido, esposa (vamos ter que trabalhar nosso auto amor para amar o outro e ser por ele amado), tranquilidade e boa sorte (vamos ter que agir para "os céus" nos ajudarem), enfim... tô achando que esse negócio de ficar sem incenso vai ser até bom!!!
Trabalhemos o desapego àquela fumacinha tão tranqüilizadora que era eliminada por aquela varinha mágica. E cá pra nós, tem uns aromatizantes muito bons no mercado!
Filosofia Samkhya: para crianças de todas as idades
Era uma vez um planeta chamado Purusha. Pode-se dizer que Purusha era um lugar perfeito, onde todos viviam felizes. Lá não havia tempo nem espaço e todos os habitantes sentiam-se absolutamente completos. O único problema do Planeta Purusha era que lá não havia espelho algum, e sem espelhos, os habitantes desse planeta não podiam ver a si mesmos e nem conhecer a si mesmos, porque em Purusha não havia a noção de separação um do “outro”.
Um dia, os habitantes do Planeta Purusha ouviram falar de um planeta distante chamado Prakriti, onde era possível conhecer a si mesmo em um mundo de dualidade, vivendo como um ser individual, cada um com sua própria identidade.
Este mundo de dualidade poderia ser percebido através dos cinco sentidos: audição, tato, visão, paladar e olfato. Ao visitar Prakriti, os cidadãos de Purusha poderiam continuar sentindo toda paz e alegria, e ao mesmo tempo também conhecer a si mesmos. Após essa jornada de investigação e aprendizagem, retornariam para casa mais conscientes de sua identidade real – cidadãos do Planeta Purusha.
Para viajar para o Planeta Prakriti, o povo de Purusha precisava de aeronaves especiais que pudessem resistir à atmosfera de Prakriti. Então, construíram aeronaves dos mesmos cinco elementos que compunham o Planeta Prakriti: terra, água, fogo, ar e espaço.
Cada aeronave foi construída artesanalmente, com características particulares que seguiam três modelos básicos chamados Vata, Pitta e Kapha. As aeronaves Kapha eram densas e sólidas; as aeronaves Pitta eram possantes e perfeitas; e as aeronaves Vata eram leves e rápidas.
Cada aeronave era constituída de três componentes básicos: a estrutura da nave em si chamava-se corpo físico, o piloto responsável por dirigir a nave chamava-se mente, e o passageiro principal chamava-se alma, o espírito que leva consigo a essência da felicidade e completude do Planeta Purusha. A ida para o Planeta Prakriti e a volta para Planeta Purusha seria possível somente através da integração completa de Corpo, Mente e Espírito.
Antes de sair para a jornada ao Planeta Prakriti, os habitantes do Planeta Purusha instalaram uma potente antena transmissora para que eles pudessem sempre manter contato com seu Planeta. Essa antena chamava-se Mahat, que significa “o Grande”. Cada aeronave tinha também um computador de bordo super-inteligente, chamado Buddhi, que quer dizer inteligência suprema, para garantir que o piloto da nave sempre tivesse em contato com o Planeta Purusha.
Todas as aeronaves partiram de Purusha ao mesmo tempo, mas cada uma teve sua trajetória única. As aeronaves Kapha, pesadas e lentas, seguiram a viagem em um ritmo constante. As aeronaves Pitta, concebidas para ter um desempenho perfeito, às vezes perdiam tempo em detalhes desnecessários. As aeronaves Vata fizeram a viagem mais emocionante, explorando diferentes universos e planetas, mas muitas vezes esqueciam onde tinham deixado as chaves e perdiam muito tempo procurando. Mas no fim da viagem, todas as aeronaves chegaram ao Planeta Prakriti ao mesmo tempo.
Ao se aproximarem de Prakriti, os pilotos prepararam os equipamentos e as ferramentas necessárias para a tão esperada temporada de exploração. Um conjunto de equipamentos chamado de jnanaendriyas servia para receber informações no Planeta Prakriti. Jnanaendriya quer dizer ferramentas para obter conhecimento no idioma do Planeta Purusha, chamado sânscrito. Os jnanaendriyas constituem os cinco sentidos: audição, visão, olfato, paladar e tato. Havia também equipamentos chamados karmendriyas, que permitiam que cidadãos de Purusha pudessem executar ações no Planeta Prakriti, tais como falar, se movimentar, pegar objetos, eliminar resíduos da nave, e até mesmo procriar novas “naves-bebês”. Com todos estes equipamentos, nada poderia atrapalhar a viagem de investigação e autoconhecimento no Planeta Prakriti.
Ao chegarem na atmosfera do Planeta Prakriti, as naves atravessaram uma série de tempestades inesperadas, repletas de turbulência, chamadas tempestades rajas, que quer dizer forte turbulência. Também atravessaram intervalos de calmaria, chamados tamas, onde nada se movia. Esses ciclos de rajas e tamas eram intercalados com breves momentos de equilíbrio perfeito chamados sattva, quando a viagem fluía bem, sem qualquer esforço.
Todas as aeronaves finalmente aterrissaram no Planeta Prakriti, mas a viagem foi muito estressante. A maioria dos pilotos ficou com amnésia crônica, esquecendo sua missão original de exploração e autoconhecimento. Esses pilotos ficaram deslumbrados com as experiências do Planeta Prakriti, não mais se lembrando de sua identidade original como cidadãos do Planeta Pususha. Os sistemas de comunicação inteligentes, buddhi, ficaram enferrujados por falta de uso, e sem buddhi funcionando adequadamente, os pilotos perderam contato com a Grande Antena Mahat, e consequentemente com o Planeta Purusha.
Com o passar do tempo, os cidadãos de Purusha passaram a acreditar que eram cidadãos do Planeta Prakriti, com personalidades próprias. Passaram a pensar que estavam em Prakriti apenas para desfrutar das vitrines dos diversos shoppings, andando em círculos, consumindo combustível e reproduzindo navezinhas. Esta condição de amnésia se chamava de avidya e este círculo vicioso de avidya denominava-se samsara.
No entanto, alguns poucos pilotos continuavam se lembrando da sua verdadeira cidadania e missão. Eles eram chamados de Rishis ou videntes e tinham a capacidade de ajudar os pilotos-esquecidos a saírem do padrão de tráfego circular do Planeta Prakriti e voltarem a se reconhecer como cidadãos do Planeta Purusha. Aqueles que decidiram retornar à sua identidade original precisavam primeiro consertar suas naves devido ao estresse crônico que sofreram com o uso excessivo dos jnanaendriyas e karmendriyas.
Os reparos eram realizados em oficinas que utilizavam uma ciência chamada Ayurveda, especializada em reequilibrar os cinco elementos, matéria-prima das naves. Às vezes, os sistemas das naves estavam tão entupidos e desequilibrados que tinham que passar por um serviço de limpeza completo chamado Panchakarma. Depois das naves terem passado por esse tratamento completo, sentiram a necessidade de ter em mãos um manual de instruções que os guiasse no caminho de volta à Purusha. Um dos mais conhecidos e eficientes manuais de retorno foi aquele compilado por um sábio chamado Patanjali. O nome do manual chamava-se Ashtanga Yoga, um manual que continha os Oito Passos de retorno à Purusha, descritos a seguir:
Os dois primeiros passos, Yama e Niyama, descreviam como os pilotos deveriam se comportar na viagem de volta.
O terceiro passo, chamado Asana, era necessário para assegurar que as estruturas das aeronaves permaneceriam estáveis e firmes para que a viagem fosse confortável e segura.
O quarto passo, Pranayama, dava as instruções sobre o adequado abastecimento e distribuição de energia durante a viagem.
O quinto passo, Pratyahara, consistia em remover a atenção dos pilotos de todas as distrações do Planeta Prakriti, para que pudessem se concentrar na missão de volta ao Planeta Purusha.
O sexto passo, Dharana, estabelecia uma direção certa e contínua, rumo ao Planeta Purusha.
O sétimo passo, Dhyana, ou meditação, descrevia um estado ideal de vôo no qual todos os sistemas das naves (corpo, mente e espírito) estariam funcionando de forma integrada, guiados por Buddhi, em contato cons-tante com Mahat, mantendo de forma contínua uma comunicação clara com Purusha.
Através deste Manual dos Oito Passos de Patanjali, muitas naves puderam voltar para casa, e quando chegaram, reassumiram sua verdadeira identidade como cidadãos do Planeta Purusha, retornando para um estado de perfeita união, chamado Samadhi, o último passo.
Ao voltarem, no entanto, os cidadãos de Purusha já não eram mais os mesmos de quando haviam partido. Agora, esses cidadãos de Purusha possuíam a experiência do espelho do autoconhecimento. Eles conheceram o Planeta Prakriti, o mundo da dualidade, e então, retornando ao Planeta Purusha, tornaram-se plenamente conscientes de sua natureza intrínseca de paz e completude.
O aprendizado mais profundo dessa viagem, que é a jornada de todos aqueles que trilham o caminho do Yoga, é que Purusha e Prakriti são, na realidade, um só planeta, e que nós podemos viver a vida em estado de Purusha em meio ao mundo de Prakriti.
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